Fé em Deus

domingo, 15 de abril de 2012

Padre Fabio tambem é um grande compositor!

É, Padre Fabio tambem é um compositor, e dos bons. Segundo entrevista com a Zero Hora, jornal local do Rio Grande do Sul, ele conta um pouco de como compoe suas cançoes, vamos relembrar uma reportagem retirada da pagina do Jornal Zero Hora.

Hora — De que maneira a música se tornou uma ferramenta tua na tarefa de pregar? Quando começaste a cantar? Qual foi a reação dos fieis? 

Padre Fábio de Melo — Eu é que sou ferramenta da música. Ela é muito maior do que eu. Eu me rendo à ela. Deixo que ela aconteça em mim. Como padre faço o que devo fazer: evangelizo. A música sempre fez parte do contexto das religiões. Não há rito sem música. Não fiz nada de novo. Já tivemos padres cantores que fizeram e fazem trabalhos importantes na Igreja do Brasil. Padre Zezinho é um exemplo. 

Zero Hora — No teu site, descreve a arte como algo que pacifica, que indica caminhos. Isso é uma responsabilidade muito grande. Como enfrentas esse desafio? Quando te dispões a escrever uma letra, pensas na repercussão que ela pode ter na vida de quem a ouve? 

Padre Fábio de Melo — Com certeza. A fidelidade do meu público me reporta a uma fidelidade ainda maior. Preciso ter cuidado com tudo o que componho. A música que faço nasce do evangelho que creio. Minhas palavras se desdobram das palavras de Jesus. Às vezes é simbiose. 

De maneira aproximada, comparaste a importância da música na nossa vida à importância que uma trilha sonora tem para um desenho animado. Ou seja: a música pontua momentos da vida, se afina com os sentimentos que a pessoa tem. 

Zero Hora — Nesse sentido, como vês músicas como o rap, que registra de forma crua a realidade, ou gêneros claramente identificados com o entretenimento e que não pretendem maiores reflexões? 

Padre Fábio de Melo — Música é sempre música. Se alguém compõe é porque há alguém que quer escutar. Não sou preconceituoso, mas tenho muito receio quando vejo a cultura de massa produzir e consumir o grotesco. Há raps muito bons. Letras boas, inteligentes. Eu, particularmente, sou seletivo. Só escuto o que me faz bem. 

Zero Hora — És mais letrista? Vi que fazes algumas melodias também. Onde buscas inspiração para as letras? Falaste que parte da inspiração vem do que tu ouves ou ficas sabendo, na condição de "ladrão bem-intencionado". É assim que surgiu "Jesus, meu Deus Humano"? A letra é muito original porque lida com o amor por Deus e o amor mais terreno. 

Padre Fábio de Melo — Escrevo e componho. O cotidiano é o lugar da minha inspiração. Não tenho uma vida especial. Sou homem comum. É no ordinário dos meus dias que encontro a matéria prima da minha arte. Sou padre, e por isso tenho contato com os bastidores do mundo. Nesses bastidores eu encontro muita coisa bonita. Histórias humanas que me afetam, que me inspiram. A música a que você se refere nasceu de uma dor muito concreta. Perdi um grande amigo, vítima de câncer. Fazer uma música para ele é um jeito que tenho de fazê-lo continuar no mundo. 

Zero Hora — Com mais de 700 mil cópias vendidas, o álbum Vida foi o disco mais vendido no Brasil em 2008. Em época de pirataria, é uma marca impressionante. A que atribuis isso? Teus fãs, pelo jeito, recusam música pirateada. 

Padre Fábio de Melo — O público que tenho é muito fiel. Desde que comecei a trabalhar com música e depois me enveredei pela literatura eu percebi isso. Eles sabem que eu vou fazer alguma coisa e fazem questão de prestigiar. Acho que o resultado desse sucesso passa o tempo todo por essa fidelidade. 

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